PROSA CANORA
foto Assis Melo
foto Assis Melo
Meus pensamentos nem sei
Vieram de estrelas tristes
Invento o que não existe
Para enganar minha alma
Invento a morte sem ossos
Escrevo auroras em lápides
Pastoro as águas da tarde
Para tecer mais um dia
Em minha roca sombria
Costuro uma blusa eterna
Colchas claras de lanterna
Para tecer mais um dia
Vou além da alta noite
Além das cruzes em quadras
Ausências extraviadas
Meu verso em ti amanhece.
7 comentários:
Invento o que não existe
Para enganar minha alma...
*
Pois é... mas esse mundo que você inventa é alimento para o meu espírito.
Lendo esse poema concluo que a vida é um grande invento do gênio dos gênios, o Pai do Homem de Nazaré.
E que a vida não termina na morte, pois a morte faz parte da vida.Mas em tudo há a mão de Deus....
Só o título já é mágico, já é um poema por si só...
Gostei!...Nossa, a melodia das palavras estão ótimas e o poema é divino demais, a levada faz que eu vá bem no ponto de tudo dito. Realmente gostei *-*
"Invento a morte sem ossos" imagem poética perfeita
Inventar... Não é o que mais fazem os poetas? tecida poesia...
penélope, esperança...
os labiritnos são muitos, são todos, que tudo o mais é labirinto...
odisseu voltará ao teu colo.
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