
NAVIOS
Venho ao cais esperar navios
Sucedem-se as altas vagas
Aceno sinais de estio
Às vesperas adiadas
Te aguardo e quando te espreito
Arrastam-se os segundos
O vento esticou o mundo
Nos cárceres dos estaleiro
Passam veios, horas largas
Nenhum sinal de teu fardo
Busco-te a cada entrada
O que me passas - passado.
Venho ao cais esperar navios
Sucedem-se as altas vagas
Aceno sinais de estio
Às vesperas adiadas
Te aguardo e quando te espreito
Arrastam-se os segundos
O vento esticou o mundo
Nos cárceres dos estaleiro
Passam veios, horas largas
Nenhum sinal de teu fardo
Busco-te a cada entrada
O que me passas - passado.
11 comentários:
Muito belo blogue. Bjs
Mais um maravilhoso poema! Abraços!
CARAVELAS
Deixam para trás o oceano
dos mitos e toda escuridão
povoada de medos antigos
e seguem pela água lisa
rumo à terra do outro, que pode
dar-lhes especiaria nobre.
Santa Maria, Pinta e Nina.
Prozac, Ludiomil, Serotonina.
Qualquer tristonha caravela
quer colonizar A Alegria.
A nave dos deprimidos
fatalmente procura A América.
Penso que todo antidepressivo
(verdes mares, velas alvares)
tem jeito de navio antigo.
Bom tema, bem desenvolvido.
Fizeste-me navegar entre os heróis de Caymmi e as viúvas de Pessoa!
Suas poesias são nuas como nossas almas. Denise, aprecio a forma como escreves e as idéias que lhe impulsionam as palavras.Como se as letras dançassem num palco de papel.
Abraço
Não tenho alma de poeta, mas é impossível ler suas poesias sem mergulhar nos sentimentos das suas "palavras".
Grande bjo.
"...de quase estorvo
estuar o último vôo
ao troar do corvo tão só..."
Amo-te, Denise, pelas palavras!
Denise, onde anda a poetisa
que o amor toca e canta
e quando o verso concretiza
o nosso coração encanta!?
Adílio Belmonte,
Curitiba-PR
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