sábado, 6 de junho de 2009


PROSA CANORA
foto Assis Melo

Meus pensamentos nem sei
Vieram de estrelas tristes
Invento o que não existe
Para enganar minha alma

Invento a morte sem ossos
Escrevo auroras em lápides
Pastoro as águas da tarde
Para tecer mais um dia

Em minha roca sombria
Costuro uma blusa eterna
Colchas claras de lanterna
Para tecer mais um dia

Vou além da alta noite
Além das cruzes em quadras
Ausências extraviadas
Meu verso em ti amanhece.

7 comentários:

Assis de Mello disse...

Invento o que não existe
Para enganar minha alma...
*
Pois é... mas esse mundo que você inventa é alimento para o meu espírito.

Anônimo disse...

Lendo esse poema concluo que a vida é um grande invento do gênio dos gênios, o Pai do Homem de Nazaré.
E que a vida não termina na morte, pois a morte faz parte da vida.Mas em tudo há a mão de Deus....

Murilo Hildebrand de Abreu disse...

Só o título já é mágico, já é um poema por si só...

Castro disse...

Gostei!...Nossa, a melodia das palavras estão ótimas e o poema é divino demais, a levada faz que eu vá bem no ponto de tudo dito. Realmente gostei *-*

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

"Invento a morte sem ossos" imagem poética perfeita

nydia bonetti disse...

Inventar... Não é o que mais fazem os poetas? tecida poesia...

BAR DO BARDO disse...

penélope, esperança...


os labiritnos são muitos, são todos, que tudo o mais é labirinto...


odisseu voltará ao teu colo.